quinta-feira, 12 de abril de 2007

Poema: Réquiem do Cheeseburguer

Na mesa fito o meu cheeseburguer
Pedindo a mim uma canção
Uma canção que ele sabe ser de extrema-unção...
Fito aquela maravilha
De olhinhos de ervilha
E de língua de ovo frito
E repito para a mesa uma reza
Na certeza de louvar a criação,
Mas não! Pensamentos me ocorrem:
Será que os cheeseburgueres quando morrem vão pro céu
Ou suas almas perturbadas ficam a vagar ao léu?
Será que os cheeseburgueres reencarnam em outro bar
Prum outro cara como eu que espera o guaraná?
Necessito urgentemente resolver este conflito,
Em desatino ele sente qual vai ser o seu destino,
Pelos olhinhos com mostarda passa toda a vida em frente
E num instante tudo acaba...
Com a mordida dos meus dentes.