quarta-feira, 6 de junho de 2007

Afinal, qual é a proa?


Certas vezes me pergunto se a vida é má ou boa,
Se tem meta ou é à toa,
Se alegra ou se magoa,
Se é séria ou se caçoa.
A vida é voz que é muda e soa,
É um navio e é uma canoa,
É uma cor que não destoa,
Tempestade e garoa.
Será que é isso ser pessoa?
Estar num rio e ser gamboa,
Para a alegria tecer loa,
E suportar tudo o que doa?
Essa pergunta sobrevoa,
Não tem som e ainda ecoa:
“Seja em poça ou em lagoa,
Afinal, qual é a proa?”

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