segunda-feira, 25 de junho de 2007

De novo, de novo!

Já estou cansando de escrever sobre o mesmo tema, pois, apesar de ter a absoluta certeza de que estou certo e que isso deveria ser uma pedra de toque da imprensa nacional, percebo que ninguém dá a mínima.
Dessa vez foi o controlador de vôo Carlos Trifilio que foi para a cadeia por dizer o que pensa. Há poucas semanas, tirou-se a bibliografia de Roberto Carlos das Bancas, antes foram às cenas da Cicarelli retiradas do YouTube, as manifestações racistas no Orkut, o piloto americano mostrando o dedo, o Planeta Hemp falando de maconha e o bispo chutando a santa na TV.
Canso de pregar no deserto! Será que ninguém percebe que isso tudo versa sobre o mesmo tema, o da liberdade de expressão? E que isso é uma imposição ditatorial gravíssima e que deve ser combatida com todas as forças que a imprensa possuir? Como cidadãos, não podemos aceitar como cordeiros bobos que o Estado brasileiro rasgue a constituição na parte em que diz que toda a manifestação do pensamento é livre no país, pois não é isso que acontece na prática.
Atentado ao pudor, apologia ao crime e desacato à autoridade são expressões tão comuns que muitas vezes não percebemos que elas precisam cair do nosso vocabulário. Nos Estados Unidos é comum ver um motorista com o dedo no nariz de um policial, brigando a altos brados, é direito do cidadão expressar a sua opinião (inclusive mostrar o dedo). É comum também ver dois viados se beijando de língua na rua. Para aprender a sintetizar LSD na garagem de casa, basta ir na banca de jornais e comprar uma revista sobre drogas.
É muito difícil convencer as pessoas de um país como o nosso em que o Estado tenta controlar tudo que não existe nenhuma relação entre liberdade de expressão e criminalidade.
Direitos básicos do cidadão não podem ser tolhidos em nome da estabilidade social porque isso apenas abre caminho para as injustiças e os desmandos.

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