quinta-feira, 6 de setembro de 2007

Cê não tá intendendu, ô meu!


Cê não tá intendendu, ô meu!
Não é que o governo seja incompetente, corrupto, ou faltem verbas e pessoal para acabar com os incêndios florestais. Os pesquisadores estão lá, vendo o fogo por satélite, sabem a localização exata, latitude e longitude de GPS, bastaria imprimir a foto e mandar multa pelo correio para o fazendeiro, como se faz com as de trânsito. As queimadas das propriedades acabariam em seis meses e o nosso amado país deixaria de ser um dos maiores emissores de CO2 do planeta.
Não é esse o problema, a questão é que existe um plano metódico por parte do nosso governo para aumentar as áreas de agricultura, para poder faturar mais, mesmo em detrimento do meio-ambiente.
Ce não tá indendendu, ô meu!
Não é que faltem verbas para o SUS. As deste ano foram de 37 bilhões e a do próximo serão de 45. Quarenta-e-cinco Bi! Se somarmos a isso outras verbas do ministério e os demais investimentos em previdências dos funcionários públicos, por uma conta simples chegaremos à conclusão que daria para pagar um plano particular de, no mínimo dos mínimos, uns 30 reais mensais para cada brasileiro. Nesse montante de capital, nessa escala de economia, qualquer plano de saúde privado toparia dar um tratamento de primeira para toda a população por esse valor.
O problema não é o de faltar verbas, mas o de um monte de gente mamando, um monte de recursos a serem desviados, um poder político enorme que é gerado pela doença e pela miséria.
Cê não tá intendendu, ô meu!
Não é que se sonegue impostos nesse país. Bastaria implantar o imposto único, pago pelo consumidor final, como acontece em muitos países.
Só que daí o governo teria que declarar exatamente quanto arrecada, a burocracia iria diminuir, dispensando um monte de gente que mama dela e ficaria difícil de cobrar mais de 40% de cada produto vendido.
Cê não tá intendendu, ô meu!
O número único de identificação, que nasce e morre com o indivíduo, como acontece nos Estados Unidos, Uruguai e Argentina já é lei, de 1997, de Pedro Simon, só que nunca foi regulamentada. Se acabarmos com um monte de documentos inúteis, como o governo vai justificar a sua burocracia? E como alguém vai poder fazer um monte de falcatruas sem ficar com o nome sujo pelo resto da vida?
A criminalidade não é acaso, é planejamento.
Cê não tá intendendu, ô meu!
O imposto de importação de uns 100% não é para proteger as empresas brasileiras contra concorrência estrangeira. O imposto serve para incentivar o contrabando e gerar subornos nas fronteiras, portos e aeroportos, subornos estes que patrocinam campanhas políticas pelo Brasil afora. No Chile e Estados Unidos, esse imposto é baixíssimo e nem por isso deixam de ser países prósperos.
Por isso, ô meu, vê se dobra a língua ao dizer que nada funciona no Brasil. Funciona, sim, é um país extremamente eficiente. Só que funciona para quem se beneficia das falcatruas dos nossos sucessivos governos.
Intende?

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