quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Honestidade e um Bom Local para Morar

Saiu o índice 2009 da Transparência Internacional, clique no link da imagem para acompanhar este pensamento:

Para mim, parece que é a única maneira de classificar os países dentro de mesmas categorias: Canadá, Nova Zelândia e Escandinávia se parecem uns com os outros, assim como o Chile com o Uruguai, etc. A honestidade é mais importante do que qualquer estrutura política.

A pergunta que não quer calar é, será que, mesmo com um pouco mais de corrupção, a qualidade de vida nos Estados Unidos, França e Espanha não é melhor do que no Canadá ou Islândia, onde quase ninguém prefere viver? Uma certa liberdade para sair dos limites parece ser desejada e parece ainda que honestidade em excesso vem acompanhada de chatice. Uma coisa que eu já tinha percebido aparece nessa pesquisa também: o legal de se viver nos EUA, por exemplo, é justamente poder pisar na grama e atravessar a rua fora do sinal, isso é, não é um lugar chato de viver: ali não se precisa esperar abrir o sinal de pedestres às duas horas da manhã, sob dez graus negativos, em cada cruzamento da cidade. Essa minha opinião deve ser errada, pois na lista das consideradas 10 melhores cidades para se viver , todas estão nos locais de menor corrupção, mas no meu ponto de vista um pouco de bagunça parece algo conveniente.
O mapa mostra a “sensação” de corrupção. Será que isso não corresponde à realidade? A Argentina pode parecer em uma primeira vista menos corrupta do que o Brasil, mas viajar em uma estrada de interior por lá, significa pagar propina, aqui, um pouco menos (eu, pelo menos, nunca paguei). Parece que sim, por lá a corrupção é realmente um pouco maior, não é mera percepção.
E é essa liberdade de extrapolar limites na vida cotidiana e ao mesmo tempo ter limites no trato da coisa pública que gera riqueza e desenvolvimento, países em que esses dois fatores são combinados, são, para a maior parte das pessoas, considerados melhores de se viver.
Esperemos que um dia cheguemos lá, cá em Pindorama.

Essa ideia de que as repúblicas só são possíveis entre pessas virtuosas já era presente em Montesquieu, mas quando criaram um país, os federalistas americanos, de forma prática, preferiram tomar outro de seus pensamentos, o de criar freios e contrapesos à ambição humana. Penso que com o avanço da tecnologia, a virtude é um valor que pode ser perfeitamente retomado.Como eu repito sempre aqui no blog, tento fazer a minha parte, acho que a solução está nesta discussão: http://dinheiroeletronico.forums-free.com/ .

Nenhum comentário: